O povo faz de joelho ou de pé
Orações vindas do protestanismo
Procissões propias do catolicismo
Rituais de umbanda e candomblé
Quem fala em Olinda lembra a sé
Carnaval não existe sem siri
Lá no alto sertão do cariri
Tem vestígios do povo de angola
E eu expresso nas cordas da viola
As mensagens que o povo quer ouvir
Um coquista um pandeiro e um tema
É o suficiente para a rima
Já o índio prepara em qualquer clima
Suas danças e toques de jurema
Do sertão veio o passo da ema
Para os pracianos assitir
os folguedos me fazem refletir
pra mim foi bem mais que uma escola
E eu expresso nas cordas da viola
As mensagens que o povo quer ouvir
A sombrinha do frevo faz zoeira
E já foi até arma no passado
que o frevo antes era praticado
Pelos denominados capoeira
Hoje é festa e levanta até poeira
Seus metais fazem a terra sacudir
Assim como o baião que faz bulir
o povão que balança feito mola
E eu expresso nas cordas da viola
As mensagens que o povo quer ouvir
Qualquer toque que eu vá apresentar
Seja samba toada ou afoxé
Batucada,ciranda ou o toré
Sempre algo vira se misturar
Mestiçagem é o dom desse lugar
Na mistura é que eu vim intervir
e É difícil até de definir
No compasso da negra que rebola
E eu expresso nas cordas da viola
As mensagens que o povo quer ouvir
Pra falar de cultura e tradição
Há até quem prepare um simposio
No cavalo marinho eu sou Ambrosio
Mas também posso ser o bastião
Sei porém que é preciso ter visão
para ver meu brinquedo ressurgir
que por um bom momento faz sumir
todo mal que por esse mundo assola
E eu expresso nas cordas da viola
As mensagens que o povo quer ouvir
Quem escuta o som baque virado
E procura entender sua beleza
Logo vai perceber a realeza
E por ele já fica apaixonado
Como pode um país tão misturado
Ter um timbre tão puro a fluir
Um tambor que faz todo não ruir
Antes mesmo da era da vitrola
E eu expresso nas cordas da viola
As mensagens que o povo quer ouvir
Adiel luna/André augustinho
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